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terça-feira, 23 de novembro de 2010

Lixo, eu? #fato

Estou meio depreciso hoje. Na verdade não é nem hoje, é ultimamente.
Sei lá, é meio q me sinto invisivel. Passo o dia rodeado de tanta gente e esses acham minha vida tão legal,boa e o escambal e no fim eu fico deitado no escuro sem ninguém ter feito uma pergunta sincera sobre como eu estou.
Nas ultimas semanas eu estudo, estagio, sou monitor e ainda faça curso de inglês. Isso ta me consumindo muito. Estou estressado, não consigo dormir direito e meu estomago ta uma droga. Tudo que eu queria era sumir de tudo isso e me desligar, pelo menos um dia.
Mas fato é que o que eu realmente preciso é de um amigo com quem converças, mas tudo o que terei é alguém falando que escrevi algo errado.
Parabenz, Danie. Você tem 19 anos, todo mundo acha que você tem 21, mora de favor, divide quarto com seu primo, não tem namorada, está parecendo estar numa crise de meia idade e não tem nenhum motivo para acordar amanhã, nem depois, nem depois....

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Nosso Lar: Burocracia até no pós-morte


Nossa Lar é um filme baseado no livro homônimo, teoricamente, psicografado por Chico Xavier. Sobre a publicação não tenho nada a falar, mas sobre a versão para as telonas tenho. Nele mostra-se a vida após a morte numa cidade que leva o nome do longa.
É uma coleção de belas imagens, isso ninguém pode negar. Com cenários magníficos, todas as cenas mostram algo para se ver, olhar e apreciar. A arquitetura dos prédios, os veículos e as paisagens são dignas de um longa de ficção cientifica.
Não vou me enveredar pelas atuações. Não tenho respaldo suficiente para dizer se fulano ou beltrano trabalha bem ou não. Mas a narrativa é fraca, diria até fraquíssima. Os diálogos se repetem, as falas são repetidamente cansativas. As ações são previsíveis. Algumas cenas não encaixam nas seguintes. Elas simplesmente acontecem, se sucedem e se repetem. Pequenos erros de coerência intensificam essa sensação. Como por exemplo o fato deles afirmarem ser atemporal, e os anos e fatos seguirem o tempo terreno. Uma coisa que me intriga é o fato de haver um governador e ministros num lugar onde o livre arbítrio é levado ao máximo.
Depois dos primeiros 30 minutos a impaciência reina. O filme lembra muito um diário. A cada cena alguma parte da “vida” da personagem é mostrada. É a primeira vez que venho uma personagem principal que não é nem herói, nem mocinho, nem vilão, nem nada. Ele simplesmente geme, reclama, fala e bebe água e, no fim, aceita tudo como quem diz amém. Mas os porquês, os como e os para que ficão sem respostas.
Para concluir, não recomendo o filme. Confesso que só não me arrependi de ter ido ver por ter pagado apenas 3 reais na promoção do Cinemarck. Preferi muito mais Residente Evil 4, que também não é um grande filme, mas que agradou mais.

domingo, 19 de setembro de 2010

Um Documentário Proibido

"Cidadão Kane” (Citizen Kane) de Orson Wells, drama ficcional lançado em 1941 nos Estados Unidos, conta a história de Charles Foster Kane, sua ascensão ao topo do poder midiático da época. O filme é uma “copilação” de criticas às formas como o jornalistas da época agiam. Já o documentário “Muito Além do Cidadão Kane” (Beyond Citizen Kane) fala da ascensão de Roberto Marinho e das TV e Rede Globo no Brasil.
O documentário foi produzido em 1993 e trás um série de entrevistas com personalidades e ex-jornalistas da emissora do “PlinPlin”. Atualmente os direitos de exibição no Brasil estão com a Record, mas a origem do filme deixa várias dúvidas. Especula-se que a produção tenha sido feita pela BBC de Londres, mas quem o fez foi a produtora independente Large Door para o Channel 4, também londrino. Essa foi uma tentativa de dar ao filme mais credibilidade e respaldo, quem começou e quando não se sabe, mas o diretor Simon Hartog não tinha nenhum vinculo com a BBC.
Durante os primeiros anos ele foi difundido no Brasil em VHS com uma dublagem de péssima qualidade. Tornou-se popular em várias universidades do país e entre movimentos de luta popular é considerado simbolo de luta contra o poder. Mesmo com essa divulgação a popularização do filme se deu na década de 2000 por meio da internet. Atualmente ele pode ser facilmente encontrado para download na rede.
“Muito Além...”, assim como o livro “A História Secreta da Rede Globo” de Daniel Heiz, mostra o crescimento do poder da emissora do sr. Marinho. São criticas claras aos envolvimentos e ligações políticas dos donos e das emissoras com os altos cargos de vários governos, coisa que era comum na época da chegada da TV no Brasil. O melhor exemplo desse envolvimento questionável ética e moralmente é Assis Chateaubriand, ou Chatô como ficou conhecido, o homem responsável pela criação da antiga TV Tupi e dono de inúmeros veículos de comunicação pelo país, vivia entre os corredores do governo, como mostra o livro “Chatô, o Rei do Brasil” de Fernando Morais.
Políticos como Leonel Brizola, Antonio Carlos Magalhães e Luiz Inácio Lula da Silva (ainda como sindicalista) dão depoimentos no filme sobre o sr. Marinho e sua emissora. Chico Buarque, Washington Oliveto, Armando Nogueira e outros também contam como a Globo manipulou várias vezes a informação. O caso mais gritante foi o da edição do debate entre Lula e Collor, no qual o compacto final exibido no noticiário noturno favorecia claramente o segundo candidato, enquanto a exibição no telejornal vespertino do mesmo dia favoreceu o petista.
John Ellis, produtor e responsável pelo documentário após a morte de Hartog, afirmou em entrevista via e-mail à Folha em 2008 que o filme conta a história da ascensão e pondera que o mesmo deveria ser visto, pelo menos, por todos os estudantes de comunicação. Ele também questiona que o “Muito Além...” foi produzido para o público britânico, que desconheciam os acontecimentos locais, e que outras faces dessa história deveriam ser contadas para os brasileiros.
Um das lendas que circundam a produção é de que a justiça havia proibido a exibição no país. De fato isso é uma meia verdade. O documentário pode ser livremente exibido, mas sua vinculação em qualquer meio é vedada devido à utilização de imagens de programas Globais, como informou o próprio Ellis (Fola, 2008).
Artigo escrito para a disciplina Tecnologia e Linguagem dos Meios de Comunicação.