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segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Nosso Lar: Burocracia até no pós-morte


Nossa Lar é um filme baseado no livro homônimo, teoricamente, psicografado por Chico Xavier. Sobre a publicação não tenho nada a falar, mas sobre a versão para as telonas tenho. Nele mostra-se a vida após a morte numa cidade que leva o nome do longa.
É uma coleção de belas imagens, isso ninguém pode negar. Com cenários magníficos, todas as cenas mostram algo para se ver, olhar e apreciar. A arquitetura dos prédios, os veículos e as paisagens são dignas de um longa de ficção cientifica.
Não vou me enveredar pelas atuações. Não tenho respaldo suficiente para dizer se fulano ou beltrano trabalha bem ou não. Mas a narrativa é fraca, diria até fraquíssima. Os diálogos se repetem, as falas são repetidamente cansativas. As ações são previsíveis. Algumas cenas não encaixam nas seguintes. Elas simplesmente acontecem, se sucedem e se repetem. Pequenos erros de coerência intensificam essa sensação. Como por exemplo o fato deles afirmarem ser atemporal, e os anos e fatos seguirem o tempo terreno. Uma coisa que me intriga é o fato de haver um governador e ministros num lugar onde o livre arbítrio é levado ao máximo.
Depois dos primeiros 30 minutos a impaciência reina. O filme lembra muito um diário. A cada cena alguma parte da “vida” da personagem é mostrada. É a primeira vez que venho uma personagem principal que não é nem herói, nem mocinho, nem vilão, nem nada. Ele simplesmente geme, reclama, fala e bebe água e, no fim, aceita tudo como quem diz amém. Mas os porquês, os como e os para que ficão sem respostas.
Para concluir, não recomendo o filme. Confesso que só não me arrependi de ter ido ver por ter pagado apenas 3 reais na promoção do Cinemarck. Preferi muito mais Residente Evil 4, que também não é um grande filme, mas que agradou mais.

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